jueves, 30 de julio de 2009

Instantâneo só o Nescafé


No meu 1/4 de século tenho procurado viver cada etapa da minha vida intensamente. Neste processo tenho compreedido que a vida esta composta por etapas, estágios; que em nada são curtos ou instantâneos. Mas a sociedade com seu pragmatismo exacerbado nos tenta convencer a cada dia que as coisas devem ser fácieis, rápidas e conseguidas com o menor esforço possivel e da forma menos indolora. Parece que em nossa soceidade tudo virou instantáneo: o amor, o desamor, os ‘cursos express’, os doutorados por correspondencia (talves aquí esteja exagerando). Até a religiosidade instantânea onde as liturgias são assistidas (literalmete ‘assistidas’) desde o lar e em poquissimo tempo sem sequer sair do sofá fofo e confortável.
Confesso que esta ‘ vida instantânea’ do ‘aqui-agora e facil’ me parece patética e deshumana, uma ladroa que rouba nossa individualidade e nossa característica de seres espirituais-a diferença dos animais- e sujeitos ao tempo.
Para mim, instantâneo só é o Nescafé, o resto tudo leva um processo. Embora demore, as coisas passam, tudo passa, como o inverno e esse tempo em que as coisas passam, por mais doloroso ou prazeroso que seja, nos ensina uma lição de vida, nos dá maturidade e nos faz conhecermos melhor. Essa é a riqueza da vida!, vivê-la intensamente carpe diem, quam minimum crédula postero; isso é uma das tantas coisas que nos diferenciam dos animais: nossa consciência de felicidade e sofrimento.
A vida é um processo, longos estágios de faculdade que levam tempo em ser finalizados. O amor leva tempo, o desamor mais ainda, a amizade, as lagrimas, os risos; tudo é um processo!. Tolo todo aquele que leva uma vida instantânea de receitas prontas que fervem em cinco minutos. Instantâneo só o Nescafé, mas se tivesse que escolher entre um nescafé e um cafezinho brasileiro quentinho e com corpo, certamente acordaria mais cedo para fazer o café em pó. Leva mais tempo, mas é mais gostoso. Faculdade da vida, formada por processos longos e ricos! Um dia chegamos ao doutorado.

No hay comentarios: