lunes, 22 de junio de 2009

Carisma para éticos e caráter para carismáticos


Depois do almoço nada melhor que ler um livro prazeroso. Bom, poderia também assitir o jornal nacional, mas como as circustâncias mo impedem, leio.
Estou lendo Igreja, crescimento integral de Caio Fabio. Confesso que é a leitura que estava precisando por estes dias. Além dos méritos que ele já tem, este livro é particularmente bom. O primeiro capitulo intitula-se “Carisma para éticos e ética para os carismáticos”. O capitulo vem de encontro com minhas crises teologicas e pragmaticas.
Sejamos sinceros, ser conservadores, ortodoxos, neo-ortodoxos reformados, calvinistas ou como você quera chamar e se encaixe é muito bom. Nos esforçamos e com a graça de Deus conseguimos viver uma vida que lhe agrade, tendo ótimos padrões éticos e consequentemente uma boa praxis cristã. Pecamos, nos arrepentimos e não voltamos a cair no mesmo pecado, não porque não nos sintamos inclinados a ele, senão porque amamos com mais intensidade fazer a vontade de Deus e não insultar a sua santidade. Procuramos dar um bom testemunho de cristãos perante a sociedade, estamos comprometidos com a verdade do Evangelho e choramos quando a Sacrossanta é deturpada na sua transmissão.
Mas quando vamos para o dia-a-dia nossa fé parece distante, ou pelo menos a minha. Acredito piamente na soberania de Deus e no cumprimento total da sua vontade na historia da humanidade e na minha vida, mas quando tenho que passar isso para a praxis é que torna-se complexo. Parece que o espirito (quando digo ‘espirito’ não o faço com a mesma concepção corriqueira atual, senão que refero-me à essência, motivação) do iluminismo e racionalismo tomaram conta de nós. Uma tendencia deista toma conta de mim!. O decreto de Deus já foi pronunciado e parece que ele não interfere mais na história, não há milagres, não há coisas sobrenaturais. Parece que Deus parou na historia!,e desta forma a fé fica limitada a minha biblioteca. Acredito que Deus é um Deus que age, contudo parece que não consigo ver essse agir, ou talves acostumei-me demais a ele que já não o percebo. Enxergo tudo de forma natural.
Milagres para mim é coisa da Biblia, tenho dificuldade em assumir alguns como, de fato, divinos, embora acredite que Deus pode fazer milagres. Essa coisa espontanea que carateriza os denominados ‘pentecostais” falta na nossa vida. Temos o conhecimento,sabemos interpretar as Escrituras, mas perdemos a espontaneidade, o elemento surpresa.
Com isto não digo que deseje ser “pentecostal” nos termos que hoje conhecemos, mas em honor à verdade, poderiamos fazer muito mais com a revelação que Deus nos dá da sua Palavra.
Parece-me que estou distante de toda influencia do divina!.
Por outro lado, temos os carismaticos que deturpam as Sagradas Escrituras em forma violenta, envergonham o Evangelho com as suas atitudes, mas suas igrejas crescem, “milagres” acontecem e pessoas se convertem ou dizem se converter.
Que Deus nos ajude e me ajude nestas questões básicas. Que o intelectualismo não impeça que o desconhecido de Deus se manifeste em nossas vidas a cada dia e que o equilibrio esté presente sempre em nós.

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