domingo, 24 de junio de 2012

Peso gris


Foi  um dia de merda! E olha que ainda sao as 16:45 de um fresco sábado laboral entre trópicos. Nos meus ouvidos, Lucybell ao vivo, “De sudor y ternura”, que me ajuda a expressar com gritos docemente agressivos, insultantes, guturais, dubitativos, repudiáveis. Saio do meu intervalo a caminhar, a tentar que minha alma consiga respirar, a curtir um pouco o peso da solidão que hoje embarga-me.
Minha loja preferida está fechada. Multimania down!. Volto para um dos meus lugares favoritos do shopping. Enquanto caminho, um japonês de cabelo vermelho cumprimenta-me desde um restaurante de pamonhas. Enquanto sorriu, pergunto-me: “putz!”, de onde o conheço?. Sinapse rapidamente responde: é o que foi comprar livros e falaram de literatura durantes alguns minutos. Ufa!, sorriu com conhecimento, mas já não o vejo.
Agora estou aqui, num dos meus lugares favoritos de Maringá, vivendo a catarses mensal, as cólicas da alma: debatendo-me coisas importantes e supérfluas: si faço ou não minha mala, se me rendo ao peso da existência;  se salto ao vazio ou se compro uma bolsa de 150,00 reais. Enquanto tiro umas fotos, tudos me olham com rosto, como me dizendo “não te mates”. Hey! Easy!, calma; sou existencialista, não suicida. No meio do dia gris, aparece uma árvore com flores frente a mim, no meio do inverno; como me querendo dizer alguma coisa boa, feliz, colorida no meio deste dia gris. Contudo, sinto-o árvore; es um acidente: não acredito em sinais.

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