miércoles, 6 de abril de 2011

Surpresa!


Hoje fui convidada a visitar uma igreja. Tinha sido convidada antes, mas não havia ido por ser uma igreja com uma linha teológica que não comparto muito; a Igreja Pentecostal de Chile. Contudo, venci meus tontos preconceitos e fui. Confesso entrei à defensiva, devido as reservas que tenho com o estilo deles; mas entrei.

Chegamos, orei a Deus e começamos o culto. A liturgia iniciou-se com dos cânticos do hinário (com uma letra muito coerente, como a maioria deles - acaso todos). Logo dos cânticos, oramos; tudo numa absoluta reverencia. A oração foi de uns 5 minutos de joelhos. Quando nos levantamos cantamos mais um hino e passaram para os avisos, período no qual fomos saudadas como visitas, e recebemos expressões de carinho por estar entre eles; a maioria pessoas adultas e da terceira idade.

Eu esperava ansiosa o momento da mensagem, que é o momento mais importante para mim, e supresivamente para eles também, pois o tempo que lhe dedicam é notoriamente superior a todas as outras partes do culto, incluso o louvor.

Quem pregou foi o pastor, quem falava e modulava muito bem. Leu o texto de João 16.16-24 e falou do sofrimento de Cristo no calvário, fazendo alusão ao mês de abril que começa, no qual se celebra a morte e ressurreição de Cristo. O pastor sabia do que estava falando, pregou melhor que muitos pastores que conheço que fizeram seminários, embora não sei se o pastor pentecostal fez.

A mensagem, para minha surpresa, foi dentro da homiletica e totalmente bíblico e cristocentrico. Não lembro de quando não ouvia uma mensagem com essas características, esvaziada completamente de antropocentrismos, psicologia, modernismo e neopentecostalismo. A mensagem foi mais reformada que em muitas igrejas que levam o nome de Presbiterianas! ( com ou sem adereço). O culto foi tão ordenado, simples, tão ‘racional’ que qualquer presbiteriano, calvinista , ortodoxo, neo-ortodoxo teria se sentido à vontade dentro dele. As musica totalmente cristocentricas, sem o típico ‘eu, eu, eu’, ‘me dá, me dá, me dá’ que tem se inserido nas nossas igrejas.

Hoje me levei uma surpresa. A visita pentecostal quebrou meus preconceitos e me deu uma cacetada no rosto. E o mais importante; apresentei um culto agradável ao Senhor.

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