viernes, 25 de septiembre de 2009

A porta de meia noite


Há um forte vento lá fora,
Que atravessa os limites da minha janela.
Falava com o Eterno quando o dia findava
E as estrelas se preparavam para estreiar as mais lindas cenas.
Confesso que não consegui proferir muitas palavras
Minha mente voava entre as novidades do dia,
E o que já havia esquecido tornou-se tenro e suave.
Agora eis-me aqui,
Perdida na madrugada,
Caminhando na ponte que une a luz da escuridão,
Ouvindo o vento cantar sua fria canção.
Meus olhos querem se fechar,
Mas minha mente continua acordada,
Ansiosa, excitada.
Bati em tua porta, mas não respondeste...
Estavas deitado nos braços de Morfeu,
Que com suas caricias,
Não deixou ouvir o singelo ritmo das minhas unhas na tua porta.
Me dirigi a meu quarto,
Dividida entre o querer e a prudencia,
Querendo que apareceses,
Mas esperando que não te asomasses,
Desafiando toda prudencia.
Mas até os antigos pagãos eram dirigidas por ela,
Como nós a poderiamos esquecer?.
Tua porta estava fechada,
Agachei-me para achar algum indicio de luz,
Algo que me encorajase a bater minhas unhas com maior força,
Mas nada achei...
Como poderia eu interrompir teu sono e teus sonhos?
Mas o que faço agora,
Quando minha mente fala mas alto que meu corpo,
Impedindo-me fechar os olhos com facilidade?
Òh noite,
Que teu vento traga sossego aos meus pensamentos
Que teu frio tranquilice minha alma,
E que meus suspiros sejam uma antestesia para o coração.

No hay comentarios: