jueves, 18 de junio de 2009

Ontologia do capeta

Atualmente estou lendo os Evangelhos. Eles são uma das minhas partes favoritas da Biblia. Ler as palavras e conhecer o agir de Jesus é realmente fascinante e cheio de surpresas a cada vez que leio os Evangelhos.
Quando observo o proceder de Jesus no tempo que esteve aqui na terra, vejo que seu agir foi, no geral, positivo; ativo. Com "positivo" quero dizer que ele começou fazendo uma coisa e não atacando outra. Seu ministério começou com o pedido de arrependimento, pois o Reino dos Céus tinha se aproximado. O ministerio do Mestre centralizou-se no kerigma, isto é a proclamação do Reino e em se mostrar aos seus como a concretização das promessas do Antigo Testamento. Ele é chamado mais vezes de Mestre do que profeta ou qualquer outro substantivo que possamos conhecer hoje dentro do evangeliqueis.
Mas o que mais me chama a atenção é que ele é um rei de um Reino que não peleja nenhuma guerra, que não briga com o diabo nem faz batalha espiritual nenhuma para que seu reino se fortaleza. O Reino está aí, veio, se mostra, como um grão de mostarda, como uma pérola de grande preço, como um Reino de paz. A unica "luta" se pudessemos chama-la de tal, é contra os próprios fariseus, contra os impulsos naturais e hipocritas que se opõem à vontade de Deus. Isso é o que ele combate!. O Evangelho de Mateus tudinho é uma bofetada contra os judeus e seu sistema religioso falido. A luta parece ser contra o próprio homem natural e não contra "as forças diabolicas operantes" como é comúm hoje. Antes de "amarrar" o diabo, parece que devemos amarrar nossos impulsos pecaminosos e neutralizar toda influencia que possa interferir no nosso novo estado de regeneração.
A ontologia do capeta parece se disipar a cada dia que avanço na minha leitura devocional!. Estou "em busca do capeta" com muito afinco...rs.
Mas graças a Deus que a batalha esta garantida, justamente porque não somos nós que pelejamos e porque, de fato, não há dita batalha entre Deus e Satã; o único conflito bélico parece ocorrer no campo do nosso ser. Se a alguém devemos vencer é a nós mesmos.
Mergulhar-me-ei no grego para ver se assim encontro algum resquício satanico que me confirme alguma coisa.

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